Descrição do projeto

Pessoas vulneráveis com escolhas alimentares mais saudáveis, consumindo alimentos em quantidade e variedade satisfatória que impactem na qualidade de vida, é o que espera o Projeto Raízes, elaborado pela Associação São João Vianney e a Associação Beneficente Campineira (ABC).

Na Vianney, o grupo beneficiário deste projeto são 20 (vinte) pessoas, entre jovens, adultos e pessoas idosas, que viveram os últimos anos da pandemia da COVID-19 em isolamento social e tiveram suas vidas marcadas pela falta de convivência e de consumo de uma alimentação mais saudável, além de ser um público exposto à situação de vulnerabilidade e/ou risco social e/ou relacional que necessitam de facilitadores e de ações que promovam o acesso aos seus direitos e às políticas de prevenção às violações de direitos. Já o grupo beneficiário na ABC é composto por 90 (noventa) crianças e adolescentes de 06 a 14 anos e 11 meses de idade, que também sofreram grandes impactos provocados pela pandemia, com consequências diretas e indiretas no desenvolvimento social e nutricional, por ser um público adepto de uma má alimentação.

O projeto será desenvolvido em duas regiões, concomitantemente, sul e norte. Na região sul, Jardim Cura d’Ars está localizada a Associação São João Vianney, e na região norte, Jardim São Marcos, encontra-se a ABC. Em ambos os territórios, há muitos desafios ao combate das questões da vulnerabilidade social, principalmente, no que se refere às situações de insegurança alimentar e nutricional. A diminuição do poder de compra, causada pelo desemprego, impactou diretamente nos hábitos alimentares das famílias, que tiveram grande restrição ao acesso e consumo de alguns alimentos necessários para um bom desenvolvimento. Diante dessas fragilidades e da comprovação de que, realmente, a saúde e a qualidade de vida dos públicos beneficiários foram afetadas, é que a equipe propõe este projeto, para dar apoio à reeducação alimentar, inclusive, colaborando com a dinâmica familiar, além de possibilitar a interação, o convívio, a troca de experiências e o respeito mútuo.

O projeto passará por três ciclos de execução (durante 18 meses) e a fim de que o percurso trilhado seja fluído e as ações estejam conectadas, será contratado um profissional que fará o acompanhamento e será o elo entre as duas organizações. O primeiro ciclo será iniciado com um percurso formativo para os oficineiros que atuarão com a construção da horta. Enquanto adquirem e aprofundam os conhecimentos vão transferindo-os ao público beneficiário, ao mesmo tempo em que constroem coletivamente as etapas de: planejamento da horta, utilização das ferramentas e insumos, preparação do solo, adubação, entre outros. A horta será um “laboratório vivo” a ser experienciado e um portfólio de todo o processo de construção e preparo da horta para o cultivo. No segundo ciclo, será o momento de fazer escolhas sobre o plantio, realizar a semeadura e aprender conceitos sobre higiene, alimentação saudável e consumo adequado dos alimentos. Também será ofertado oficina de reciclagem e oportunizado conhecimento para escolhas de como fazer uma horta caseira. A realização de uma “Feira de Vivência” aberta à comunidade, com a montagem realizada coletivamente por cada grupo beneficiário, dentro da sua organização, que acontecerá nos dois territórios em dias diferentes. Será confeccionado um panfleto informativo, com os conteúdos relevantes e de fácil aplicação, para distribuição ao público presente. O último ciclo estará voltado para a colheita dos alimentos da horta, além da realização de culinárias e o preparo de receitas para o aproveitamento dos alimentos em sua forma integral, seguida de degustação, favorecendo a aproximação entre o público beneficiário e o prazer em preparar e comer os alimentos juntos, seja ao redor de uma mesa ou de uma toalha, em um piquenique. Estas receitas serão digitalizadas pelas organizações e comporá o “Fichário de Receitas” do projeto. Vale considerar que ao final do projeto, cada organização construirá um evento de encerramento, a ser definido junto com os grupos de beneficiários, pois será criado por e para eles.

Durante toda a execução do projeto, serão coletados materiais, fotografias e depoimentos para construção do Manual de aplicação do projeto. Este documento será único e trará todas as etapas do percurso do projeto, contendo o passo a passo dos três ciclos que foram definidos conjuntamente, além de estratégias pontuais e necessárias para complementar o trabalho com o intuito de atender as especificidades de cada grupo de beneficiários. Além deste material contribuir com a permanência do projeto, manter, permanentemente, uma horta sustentável trará bem-estar e aumentará, consideravelmente, a qualidade de vida dos beneficiados e, com a busca por doações e a prospecção de novas parcerias, as duas organizações conseguirão garantir a sustentabilidade do projeto.

Área temática

Área restrita para associados GIFE

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